Os livros são uma ferramenta poderosa para entendermos o outro, ampliarmos repertórios e enriquecermos debates sobre o mundo que nos cerca. Uma leitura pode ser capaz de abrir portas para a imaginação, oferecer novos pontos de vista e novas formas de se contar uma mesma história.
Os livros fotográficos feitos pela IMM sobre humanização na saúde mostram bem este poder transformador. Histórias vivenciadas pelo fotógrafo André François e sua equipe puderam ser perpetuadas, contadas e recontadas para o mundo através das páginas de livros.
Recentemente, a possível tributação de livros no Brasil ganhou o debate público, desde que uma proposta de reforma tributária entrou em discussão no congresso. Até o momento, o livro é um produto livre de impostos. O objetivo dessa prática, garantida por lei e pela Constituição de 1988, é de incentivar os hábitos de leitura, principalmente nas classes mais baixas da população.
O baixo índice de leitura é um desafio no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, a média anual de livros lidos inteiros pelos brasileiros foi de 2,43 em 2015. Mas apesar de pequeno, o número que vem subindo com o passar dos anos: de 2011 a 2015, a população leitora passou 50% para 56%.
Diante de um cenário de ligeiro otimismo, dificuldades não faltam. O maior interesse da população brasileira não é suficiente para deter a grave crise do mercado editorial, que já encolhia progressivamente há mais de cinco anos e que foi fortemente impactado pela recessão econômica da pandemia da Covid-19.
Caso a decisão pela taxação vigore, os livros ficarão mais caros, as vendas cairão e o mercado tenderá a ser ainda mais elitizado.
Entenda a tributação
Uma primeira proposta de reforma tributária foi encaminhada pelo ministro Paulo Guedes ao Congresso nos finais de julho, através do Projeto de Lei 3887/2020. Ela propõe o fim PIS e do Cofins, dois impostos sobre consumo atualmente em vigor, transformando-os numa única contribuição, a CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços). Entre as promessas do PL está a taxação de livros em 12%, alíquota geral da CBS.
Entidades do setor editorial se uniram na produção de um manifesto em defesa do livro, a ser entregue para a comissão avaliadora da proposta de reforma tributária. Leitores, editoras e simpatizantes da causa também atuam com outras formas de mobilização e pressão popular nas redes sociais, através da hashtag #defendaolivro e de abaixo-assinados.
Para conhecer os livros publicados pela IMM, acesse a aba de documentários.