Só no primeiro trimestre do ano, a ImageMagica já realizou mais de 12 projetos.
O ano começou agitado na IMM. Só nesse trimestre, realizamos mais de 12 campos com públicos de idades diversas. Em mais de 25 anos, já vivemos, vimos e ouvimos histórias emocionantes que ganharam um espaço especial no coração de cada integrante da nossa equipe. Não poderia ser diferente em 2023.
Alguns campos nos tocam de forma especial e carregam muitos aprendizados, tanto para os participantes quanto para nós. São esses detalhes que tornam o trabalho da IMM tão significativo e nos faz crescer cada dia mais.
Durante a execução do PhotoPower na Casa Lili, de janeiro a março deste ano, conhecemos diferentes histórias de mulheres e imigrantes acolhidos. O PhotoPower é um projeto pensado para atender públicos em vulnerabilidade social e proporcionar a eles momentos de reflexão, decisões, autoconhecimento, autoestima e criatividade, auxiliando no desenvolvimento de habilidades socioemocionais e empreendedoras.
Local de realização das oficinas, a Casa Lili é um projeto social que acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade na periferia de São Paulo. Por lá, mulheres com histórico de violência e imigrantes se sentem mais seguros.
Uma das participantes é Maria Cecília, uma moça de 21 anos diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA), moradora da periferia de São Paulo e filha de outra participante do projeto social. Ela relatou que nunca gostou de tirar fotos e tinha vários problemas com autoestima por ser uma pessoa com deficiência. Depois de ter participado das oficinas do PhotoPower, começou a gostar de tirar fotos e a melhorar sua autoestima.
‘Eu não gostava muito de tirar fotos de mim nem dos outros. Eu nem me achava muito bonita. Quando apareceu a oportunidade de fazer o curso, eu comecei a gostar mais de tirar fotos e percebi que eu poderia me achar mais bonita. O projeto me ajudou a ter uma autoestima melhor e me fez perder a vergonha de tirar fotos.”
Já no interior de São Paulo, em Mauá, realizamos o projeto Percepções do Olhar, levando, também, uma horta para a Escola Olavo Hansen (março de 2023). Nesse projeto, os alunos aprenderam sobre as ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável) da ONU e refletiram sobre o meio ambiente e várias formas de conservação. Por fim, plantaram várias hortaliças na escola para aprender a lidar com o meio ambiente, zelar pela sua preservação e praticar vários assuntos que são tratados em matérias como física e biologia, por exemplo.
Muitos dos projetos possuem a formatura como momento de encerramento das atividades. Yago, um dos alunos do projeto na Olavo Hansen, fez uma fala que mexeu muito conosco, pois revela a importância da cultura no âmbito escolar e a necessidade de apoio socioemocional aos alunos:
“Agradeço ao projeto Percepções do Olhar por estar aqui porque ele nos trouxe a vontade de vir à escola. Falo isso por mim e por alguns amigos meus, que confirmaram que esse projeto deu um gás, um ‘up’ para a gente querer voltar a estudar. O projeto foi um “abrir de portas” e mostrou que muitos dos nossos sonhos podem se tornar reais.”
Caminhando para o norte do Brasil, no Hospital de Amor de Araguaína no Tocantins, fizemos muitos crachás humanizados, imprimimos e expomos as fotos tiradas pelos colaboradores do hospital e realizamos a oficina mensagens do cuidar, quando o paciente envia para os profissionais palavras agradecendo pelo tratamento e cuidado recebidos. Esse é um dos objetivos do projeto Conexões do Cuidar: fazer o trabalhador da saúde se sentir pertencente e visto dentro da instituição.
“Participar do projeto da ONG foi muito enriquecedor, não só pra mim, como para toda a unidade. O projeto trouxe muita autoestima, todo mundo se embelezou para participar do projeto. Agregou muito no nosso serviço e trouxe caráter de humanização. Tudo que traz a humanização é bem-vindo, é um valor que buscamos levar para os nossos pacientes. Foi uma surpresa muito positiva poder participar do projeto” (Tiago, diretor técnico e médico pediatra do HA de Araguaína)
Além disso, o nosso caminhão continuou rodando por aí e levou o Photo Truck, dessa vez, para Porto Ferreira, cidade no interior de São Paulo. O projeto foi realizado na EMEF Professor Agostinho Garcia, escola pública municipal. Por lá, mostramos aos alunos como funciona uma câmera fotográfica por dentro, demos dicas de como tirar melhores fotos e ensinamos sobre os ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável) da ONU, para que eles entendam a importância de uma sociedade mais igualitária, justa e com o meio ambiente preservado.
“Nós fizemos questão de aceitar o projeto porque estamos numa escola de periferia, há 4km do centro da cidade, então os alunos não costumam acessar programas culturais nem ter momentos de lazer em circos e teatros, por exemplo. A oficina foi muito rica e trouxe para eles a oportunidade de ter acesso à cultura.” (Juliana, diretora da EMEF)
O relato da diretora Juliana, exprime tudo aquilo que a IMM busca fazer: promover o acesso à cultura, conhecimento, humanização e empatia para todos. É para transformar olhares e realidades que nós continuamos trabalhando.